Filho de quilombolas defende seu povo e luta para governo voltar com barcos para atender as comunidades
Guajará-Mirim
O cidadão Durler Serrate, nascido na localidade de Pedras Negras, onde passou parte da infância, hoje reside na Capital, Porto Velho, onde desempenha suas atividades profissionais, defende incessantemente aquele povo que habita as comunidades quilombolas da região.
Rondônia tem, segundo Durle, duas comunidades quilombolas tituladas: Comunidade de Jesus (Seringueiras) e Santa Fé (Costa Marques) e seis em fase de regularização fundiária: Pedras Negras e Santo António, em São Francisco do Guaporé, Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques, Laranjeiras e comunidade Pimenteiras Santa Cruz, em Pimenteiras do Oeste, e Tarumã, em Alta Floresta do Oeste.
Por ter vivido essa realidade quando criança, e depois trabalhando em barcos do governo, quer lutar pela volta desse transporte fluvial gratuito que foi muito importante na vida do povo ribeirinho.
Durle justifica, dentre outros, o fato do ribeirinho ter que escoar a produção com mais condições e dignidade. Entende a necessidade de cumprimento das leis, mas vê necessidade de facilitar a vida daquele povo, pois a produção da Castanha, por exemplo, acaba sendo vendida para a Bolívia, cujos compradores vão de barco a essas localidades e acabam pagando um preço bem menor do que o verdadeiro no mercado.
Para acompanhar de perto as necessidades atuais dos quilombolas da região do Guaporé, Durle programa uma viagem para os próximos dias à região ao tempo em que planeja voltar a residir em Guajara-Mirim e para tanto negocia a compra de uma casa e terrenos na Pérola do Mamoré.