Política

General assume fardado o mandato de deputado federal. O militar explica sua proposta de pauta democrática


REVISTA SOCIEDADE MILITAR

O general PETERNELLI assumiu seu mandato com o UNIFORME COMPLETO DE GENERAL do Exército Brasileiro. Peternelli disse que a imagem do Exército contribuiu para sua eleição e que em homenagem à força terrestre estaria fardado em momentos especiais de seu mandato.

Peternelli, como candidato a presidente da casa, discursou e pediu a confiança dos deputados.

Veja a transcrição da fala do General Peternelli:

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, povo brasileiro, pauta democrática na Câmara dos Deputados. Decidi me lançar candidato avulso à Presidência da Câmara para propiciar a todos os Deputados uma participação mais efetiva. Quando cheguei à Câmara acreditava que os Deputados teriam participação em muitas decisões, teríamos reuniões, mas logo verifiquei que o Presidente da Câmara, a Mesa, os Líderes e os Presidentes de algumas Comissões e partidos decidem sobre tudo, algo em torno de 20 pessoas.

Fui entender o que a imprensa chama carinhosamente de “baixo clero”. É a grande maioria que só vota, por decisão própria, em algumas oportunidades e praticamente não consegue fazer com que seus projetos sejam analisados.

Compreendi que o Presidente da Câmara é quem decide a pauta dos projetos que serão votados. O que fazer para alterar esse quadro? Propor que a pauta seja decidida da seguinte forma: 50% dos Deputados marcam dez projetos que gostariam que fossem analisados e os mais votados entram na pauta, independente de pedir ou conversar com o Presidente da Câmara; de 10% a 20%, por votação espontânea da população nos projetos que tramitam na Câmara — estão prontos, e, pela Internet, a população se manifestará; de 30% a 40%, como ocorre hoje, por decisão do Presidente da Câmara, ouvindo os Líderes e o Governo. É importante a participação dos Deputados.

Não deveria haver “baixo clero”, afinal todos são importantes e foram eleitos para representar a população. O povo brasileiro votou por mudanças, votou por reformas importantíssimas de que o País precisa, como a da Previdência, a econômica e a política. Isso depende de nós.

Nós, Deputados, não podemos nos sentir coagidos por agirmos como previsto na legislação e conforme nossas consciências. As demonstrações de austeridade e anticorrupção, demandas dos eleitores, são necessárias para a Câmara dos Deputados. Temos que dar o exemplo!

A população espera que sejamos autênticos, transparentes, que tenhamos coragem para alterar rotinas antigas e que sejamos independentes.

Sou candidato a Presidente da Câmara para desenvolver um trabalho com a participação de todos. Deputados, façam valer sua importância e sua opinião! O bem comum é o nosso objetivo! Agradeço a presença à minha família, que sempre me inspirou nestes momentos.

Brasil acima de tudo! Muito obrigado.

O militar se mostrou otimista e disse que está realmente motivado e feliz por ter tido a oportunidade de lançar sua candidatura avulsa à presidência da casa propondo uma pauta democrática já mencionada em post anterior da Revista Sociedade Militar.

Seria interessante que os outros políticos militares, oficiais, sargentos e cabos se apresentassem fardados, certamente isso causaria indignação na esquerda brasileira que vê os homens dos botões dourados como símbolos vivos de que princípios como honestidade, respeito e meritocracia realmente funcionam.

Há alguns anos deputados de esquerda tentaram barrar a entrada do capitão AUGUSTO alegando que uniforme não poderia ser considerado como um terno, exigido para ingresso no Congresso Nacional.

Veja


Edmilson Braga - DRT 1164

Edmilson Braga Barroso, Militar do EB R/1, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Rondônia e Pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil.

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