APOIO DE CONFÚCIO A PACHECO É VISTO COMO PREJUJÍZO NO MDB
O anúncio do ex-prefeito de Ariquemes, duas vezes governador de Rondônia e desde 2019 senador pelo Estado, de que votará a favor da candidatura do portovelhense Rodrigo Pacheco na disputa desta quarta-feira pela presidência do Senado, repete a posição de Jerônimo Santana, em 1981, quando da aprovação da Lei 41 que criou o Estado.A similitude nos dois casos, distantes 42 anos, aplicada em relação ao que representava então, como agora representa, a vontade do eleitor rondoniense demonstrada a princípio nas urnas tanto em 2018 quanto ano passado, quando o candidato Jair Bolsonaro ultrapassou em ambas ocasiões mais de 70% dos votos rondonienses.
Qualquer estudioso da ciência política – que não esteja infestado por outro fator que não a expressão da verdade – é capaz de indicar fácil para quem os senadores rondonienses devem dar seus votos, mas, como em 1981, um dos senadores, Confúcio Moura, já se posiciona pelo partido e não pelo que o eleitor vem demonstrando.
Em recente vídeo que circula na internet, o senador Confúcio Moura aparece alegando que “por motivos partidários”, votará na candidatura de Pacheco. Ouvi de gente da “cozinha” do MDB rondoniense e senti duas coisas: a primeira que esse voto poderá repetir o que levou à não eleição de Jerônimo Santana ao Senado em 1982.
A segunda, que poderá levar à diminuição maior do partido na disputa do ano que vem, quando o MDB teve uma posição menor na eleição dos prefeitos e nas Câmaras municiais em 2020.
Mas há uma terceira, o eleitor, que agora procura se inteirar cada vez mais sobre política, pode também lembrar, daqui para a frente, o voto do senador Confúcio tenha dado dia 1 de fevereiro, e que não seja de agrado de mais de 70% do que o eleitorado demonstrou ultimamente, e que não encontra raiz no nome que, no vídeo, é citado como quem vai levar o voto.
Lúcio Albuquerque, repórter
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