A Situação atual de Guajará Mirim, o que fazer para mudar a nossa Pérola do Mamoré?
Prestes a completar um ano à frente do Governo Municipal de Guajará-Mirim, o prefeito Cícero Noronha (DEM) encontra sérias dificuldades para por em prática os compromissos assumidos e anunciados em alto e bom som durante todo o desenrolar da campanha que terminou por levá-lo ao Palácio do Mamoré.
A tarefa de reestruturar a Prefeitura é uma das mais difíceis e necessita de, além de conhecimento da área pública, de medidas severas, amargas, duras, que poucos políticos têm coragem de tomar. Por que? Para não contrariar interesses e não se “queimar” com o eleitorado que o apoiou. Herdou dívidas astronômicas contraídas por administrações anteriores, como junto a Caerd, Ceron e muitos outros fornecedores, inclusive com o município no Cadin.
Os gastos com a máquina administrativa é elevado e uma tarefa difícil de combater. A Saúde exige muitos gastos mensais e, bem da verdade, o prefeito investe mais do que o exigido por lei (15%) e diz que tem gasto até 35% com o setor.
Paralelo às dificuldades a serem vencidas, trouxe o novo prefeito pessoas desconhecidas da nossa gente, importadas de outros municípios, fruto, talvez de exigência de quem o apoiou durante a campanha. Sem conhecer nossa realidade, esses novos secretários passaram a ter o comando em muitas ações, pois o prefeito parece ter virado refém deles e de quem os mandou para cá.
Pelo menos nem 5% (cinco por cento) do seu anunciado Plano de Governo saiu do papel. Ele pensava uma coisa e a realidade nua e crua de Guajará-Mirim era outra.
Nesse diapasão, a saúde continua precária, embora a lei exija a aplicação de 15% do orçamento e a prefeitura, segundo o prefeito, está aplicando até 35% no setor e ainda assim não supre a totalidade das necessidades da população.
As ruas esburacadas e cheias de lama, dificultando o tráfego de veículos e pondo em risco a vida da população. As estradas vicinais completamente acabadas, impossibilitando tráfego e escoamento da produção. Iluminação pública precária e a carência de máquinas e equipamentos para atender a demanda.
Com cerca de apenas 40% dos contribuintes pagando IPTU, a maior fonte de arrecadação do município, a receita cai seguidamente e, da mesma forma, os repasses são reduzidos continuamente.
A redução das despesas é fator essencial para equilíbrio da contas públicas do município. Nesse contexto, faz-se mister reduzir a concessão de diárias. Gratificações só em caso essencialmente necessário.
Para implementar uma mudança, também se faz necessário a união da classe política e um maior e decisivo apoio do Governo do Estado e da Bancada Federal para incrementar investimentos para o município.
A esperança é que mudanças ocorram em curto prazo. Pessoas que entendam da área que vão assumir, precisam conhecer o setor e ser portador de capacidade técnica e de conduta ilibada. É preciso dizer não ao “apadrinhamento” político que traz prejuízos a toda a comunidade.
Que Deus ajude e abençoe nossa Guajará-Mirim, “À Pérola do Mamoré”
Fonte: A Pérola do Mamoré