Acusado de mandar matar Chico Pernambuco é levado a presídio de Guajará-Mirim
Policiais da Bolívia entregaram Katsumi Yuji Ikenohuchi Lema às autoridades brasileiras em Guajará-Mirim e o acusado de ser mandante da morte do prefeito Francisco Vicente de Souza (PSB), o “Chico Pernambuco”, já está recolhido no Presídio da cidade, aguardando os trâmites burocráticos para ser recambiado a Porto Velho. A Polícia Federal (PF) confirmou que o transporte será de responsabilidade do Estado.
Katsumi Yuji Ikenohuchi foi preso por agentes bolivianos com apoio de brasileiros e imediatamente levado ao porto de Guayaramerin, onde agentes da PF o receberam e passaram para o lado brasileiro.
O caso
Executado na noite de 18 de março do ano passado, momentos antes de chegar em casa, Chico Pernambuco foi atingido com três disparos. Dois tiros atingiram o tórax e um a cabeça.
De todos os sete denunciados pelo crime, apenas Katsumi Yuji estava foragido. Os demais comparsas já foram condenados: Marcos Ventura Brito, Henrique Ribeiro de Oliveira e Diego Nagata Conceição, Talisso Souza de Oliveira, Wellyson da Silva Vieira e Willian Costa Ferreira.
Katsumi Ikenohuchi negociou diretamente com Marcos a morte do ex-prefeito porque Chico Pernambuco não cumpriu acordos realizados durante a campanha eleitoral. Antes da eleição, Chico Pernambuco teria negociado com o grupo do vice-prefeito que cederia a eles as secretarias de Educação e Agricultura em troca de R$ 300 mil para a campanha. Após eleito, o prefeito não cumpriu, mas pressionado concordou que o vice e seus parentes indicassem titulares das secretarias de Ambiente e Educação, mas não indicariam os demais assessores.
No entanto, de acordo com a Polícia, o estopim para a morte de Chico Pernambuco foi em 7 de março, quando o então prefeito teria interferido em uma licitação contrária aos interesses da família do vice.
A Polícia conseguiu chegar ao nome de Marcos porque o Denarc já o investigava por tráfico. Conversas entre Marcos e Katsumi foram gravadas. Segundo o que foi apurado, Marcos negociou o homicídio por R$ 50 mil.
Fonte: A Pérola do Mamoré